Na alma o caos. Sais para a rua na esperança de conseguir enganar o coração. Procuras a cada esquina algo que te distraia. Que te desocupe a mente daquilo que teimas em não esquecer. Naquela esquina uma luz. A memória de outros fins de tarde em que podias parar. Quando tudo parecia no lugar certo. Paras na praça. Meio escondida da multidão. Sentes-te invisível. Respiras devagar. Voltas a respirar mais fundo. Tentas disfarçar o medo. Por instantes és só tu e o teu pensamento. Há uma paz e consegues esquecer tudo o que te rodeia. Perdes-te naquela imagem até que uma voz familiar te desperta para a realidade. Cada vez acreditas menos em coincidências. Foges e pensas que horas temos? Tantas quantas quisermos dar-nos, respondo.
#pó
Sem comentários:
Enviar um comentário