balanço pré-termo*



o passar dos dias ensinou-me a acreditar que sempre chegamos ao sítio onde somos esperados. porque sim. ou porque se deixarmos a vida acontecer, sem resistências, havemos de encontrar a tal estrada que nos leva onde-nem-sabemos-que-queremos-chegar. e porque tudo o que nos sucede tem um motivo. até quando somos apanhados de surpresa no momento mais inesperado. naquela altura em que tudo à nossa volta parece descabido, sem sentido, e a vida nos lança um desafio. ou nos aponta uma saída. talvez em forma de sinal que chegou a hora ir por aqui. mesmo que o medo fale - muito alto - e mesmo que o momento não seja o melhor (alguma vez será?). e mesmo que sinta que tudo foge do meu controlo. ou que ando a pisar terras nada certas. todas as estradas levam a caminhos que não esperava percorrer. o medo de errar mistura-se com as hormonas, num misto de pânico e de esperança. todos têm uma opinião e eu mantenho-me à parte, à espera - a contar as semanas - e a pedir baixinho que no fim, todas as peças se encaixem. e deixe de ser preciso explicar todas as coisas que não têm explicação. a vida - já o disse -é mais simples do que parece. se assim quisermos.



*(dos anos mais longos - como ciclos intermináveis - em que todos os dias apetece deixar de acreditar. como este 2016 que passei a fechar portas e a arrumar caixas, e a dizer tantos adeus para sempre,  apenas e só para agora saber - cheia de certezas - que o ano vai acabar com saldo positivo. e que tudo irá fazer sentido quando te tiver nos braços. até já)



2 comentários:

  1. Boa viagem pela montanha, minha Cat.
    Gosto muito de ti (de vocês)*

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  2. que a viagem te traga sorrisos e ilusões-daquelas-que-se-sentem-na-pele. que os medos te assegurem que tudo o que é (realmente) importante não chega a nós sem riscos. e que realmente a vida seja simples... assim a vontade o queira. o sítio onde és esperada est(ar)á lá - apenas tens de partir na sua direcção.

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