Precisamos sempre do pretexto. Da desculpa. Para marcar o dia a partir do qual tudo muda. Às vezes somos suficientemente fortes para dizer - e acreditar - que qualquer um serve. Outras vezes precisamos que nos digam que hoje é o dia em que podemos mudar tudo. Ou arriscar que não se mantenha igual. Às vezes perdemos meses a adiar o futuro. À espera que o calendário marque o dia em que todos os sonhos são possíveis. Em que, ao soar das badaladas, somos impelidos a formular desejos em formato de passa. Se há coisa que aprendi foi que raramente esses desejos se cumprem e, em poucas semanas, acabo outra vez refém do tempo, à espera de dias melhores. Este ano substitui os desejos por promessas. Por compromissos. Deixei pois de desejar saúde, mas comprometo-me a cuidar da minha. Não desejo felicidade mas comprometo-me a buscá-la nas pequenas coisas do dia-a-dia. Não desejo ter os meus amigos sempre por perto, mas comprometo-me a estar sempre ao seu lado. Não desejo amor, mas prometo vivê-lo a cada oportunidade. A fazer com que este ano não seja sobre desejos no papel, mas sim sobre as promessas que ganham forma. E sobre os sonhos que se tornam em memórias. Comprometo-me a ver todos os dias como janelas, de onde espreitam sorrisos. Se assim quisermos.
bom ano :)
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