O que me move são as memórias. Cada sítio guarda a sua estória. Anseio por regressar aos locais que me marcaram, ao invés de procurar novos registos. Vivo agarrada ao passado. Não sei se por descrença no futuro ou apenas por me alimentar a nostalgia. Talvez seja aliás um sinal da passagem dos anos. Ou prova da maturidade por que que tantos anseiam. Os últimos tempos trouxeram-me uma necessidade de reviver momentos. De voltar a sítios que o coração teima em manter gravados. Seja por guardar deles as melhores memórias ou as piores angustias. No pensamento vai-se desenhando um mapa da vida. Uma série de recordações surgem agora mais nitidas. Nem sempre boas. Nem sempre más. Mas cada vez mais ricas em detalhes a que nunca cheguei a dar importância. Percebo agora que levei sempre muito tempo para apreciar as coisas devidamente. Talvez porque demasiadas vezes quis apenas que tudo acabasse depressa. Dou por mim a pensar em pessoas de quem há muito tinha esquecido o nome. E que no entanto me marcaram para sempre. Recordo avidamente viagens que me pareceram banais. A descubro que deixei nesses lugares tanto de mim. No peito cresce uma urgência de regressar. De preencher os detalhes que faltam. E unir os pontos no mapa. Como quem precisa de completar um desenho para lhe compreender o sentido. Ou como se precisasse encontrar os meus pedaços para poder então seguir caminho. O regresso não é apenas olhar para trás, ou evocar memórias. É procurar o que perdi no passar dos dias. E saber que esquecer o passado não serve para quem quer avançar. É acreditar que o nem sempre ter sido feliz não implica não poder ser -ainda - feliz para sempre. Regressar é portanto parte da viagem.
regressar
O que me move são as memórias. Cada sítio guarda a sua estória. Anseio por regressar aos locais que me marcaram, ao invés de procurar novos registos. Vivo agarrada ao passado. Não sei se por descrença no futuro ou apenas por me alimentar a nostalgia. Talvez seja aliás um sinal da passagem dos anos. Ou prova da maturidade por que que tantos anseiam. Os últimos tempos trouxeram-me uma necessidade de reviver momentos. De voltar a sítios que o coração teima em manter gravados. Seja por guardar deles as melhores memórias ou as piores angustias. No pensamento vai-se desenhando um mapa da vida. Uma série de recordações surgem agora mais nitidas. Nem sempre boas. Nem sempre más. Mas cada vez mais ricas em detalhes a que nunca cheguei a dar importância. Percebo agora que levei sempre muito tempo para apreciar as coisas devidamente. Talvez porque demasiadas vezes quis apenas que tudo acabasse depressa. Dou por mim a pensar em pessoas de quem há muito tinha esquecido o nome. E que no entanto me marcaram para sempre. Recordo avidamente viagens que me pareceram banais. A descubro que deixei nesses lugares tanto de mim. No peito cresce uma urgência de regressar. De preencher os detalhes que faltam. E unir os pontos no mapa. Como quem precisa de completar um desenho para lhe compreender o sentido. Ou como se precisasse encontrar os meus pedaços para poder então seguir caminho. O regresso não é apenas olhar para trás, ou evocar memórias. É procurar o que perdi no passar dos dias. E saber que esquecer o passado não serve para quem quer avançar. É acreditar que o nem sempre ter sido feliz não implica não poder ser -ainda - feliz para sempre. Regressar é portanto parte da viagem.
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